Catarina Afonso

A Terapeuta

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Áreas de Intervenção

O Terapeuta da Fala é um técnico que pode intervir em inúmeros domínios. Como Terapeuta da Fala, indico aqui algumas das áreas onde me tenho vindo a especializar ao longo dos anos.

As perturbações da linguagem poderão manifestar-se por alterações no domínio da linguagem compreensiva ou da linguagem expressiva. Dentro da linguagem compreensiva estas podem evidenciar-se de diferentes formas, consoante a idade da criança (ex. não dar objetos a pedidos; não cumprir ordens verbais; não compreender mensagens verbais com mais do que uma informação, entre outras).

No que se refere à linguagem expressiva, dificuldades neste domínio podem evidenciar-se de diferentes formas, consoante a idade da criança bem como o sistema linguístico envolvido: sistema lexical (ex. dificuldades em dar o nome certo às imagens ou dizer a palavra correta no contexto certo); morfológico (ex. dificuldades na conjugação dos verbos ou em produzir os plurais das palavras); sintático (ex. formação incorreta das frases ou incapacidade para estruturar as ideias); pragmática (ex. dificuldades em manter uma conversação ou em responder aquilo que lhe é questionado).

As alterações da linguagem podem manifestar-se numa fase precoce do desenvolvimento, sendo aconselhada a realização de uma avaliação em terapia da fala sempre que a criança aos dois anos de idade não produza palavras ou apresente um discurso ininteligível até por volta dos três anos.

A consciência fonológica é uma competência essencial para que ocorra uma correta aprendizagem da leitura e da escrita. Remete para a capacidade que as crianças têm de identificarem que as frases são formadas por palavras, que estas são formadas por sílabas e que estas últimas são compostas por diferentes sons. Esta competência poderá/deverá ser estimulada desde os três/quatro anos, altura em que as crianças começam a ser capazes de dividir, de forma intuitiva, as palavras em sílabas.

Crianças que no pré-escolar não consigam brincar com as palavras ou que apresentem trocas fonológicas evidentes no seu discurso espontâneo deverão ser sujeitas a uma avaliação específica em terapia da fala para que se consiga intervir de forma atempada.

As perturbações da consciência fonológica podem manifestar-se por dificuldades em dividir as palavras em sílabas (ex. farol – *fa.ro.le); dificuldades em associar imagens com sílaba inicial, efetuando erros quando as palavras apresentam estruturas silábicas semelhantes (ex. prato / pato); incapacidade para distinguir uma sílaba de um som; dificuldades em dizerem palavras começadas por uma dada sílaba (ex. bo – bola/bota) ou por um dado som (ex. /f/ – faca/foca), entre outras.

As dificuldades na aquisição da leitura e da escrita podem evidenciar-se logo no início do 1º ano do 1º ciclo do ensino básico, sendo essencial o seu despiste e intervenção numa fase precoce das aprendizagens académicas.

As dificuldades na leitura podem manifestar-se por trocas entre grafemas ou sílabas, bem como por uma leitura pouco fluente ou por dificuldades na compreensão do material lido.

As dificuldades na escrita manifestam-se pela dificuldade em fazer a correspondência grafema/fonema e em compreender que um grafema pode representar mais do que um fonema (ex. como é o caso do grafema “C”) ou que o mesmo fonema pode ter diferentes representações gráficas (ex. como é o caso do som /s/). Quando existe um comprometimento da consciência fonológica, estas dificuldades manifestam-se por trocas entre grafemas e/ou entre sílabas. Quando o comprometimento se situa no domínio da linguagem, as dificuldades podem revelar-se na incapacidade que a criança apresenta em estruturar um texto ou em responder de forma adequada a diferentes tipos de perguntas de interpretação.

As Perturbações dos Sons da Fala poderão manifestar-se em dois domínios. Num domínio fonético, em que a criança apresenta alterações musculoesqueléticas, nomeadamente ao nível da mordida ou da tonicidade dos lábios/língua e não consegue, por esse mesmo motivo, produzir determinados sons da língua. Também se pode dever a falhas na organização fonológica dos sons da fala e que levam a que ocorram diversos processos fonológicos.

Assim, dentro das primeiras podemos ter como exemplo os casos dos vulgarmente chamados “sopinhas de massa” em que a criança apresenta uma anteriorização ou lateralização da língua aquando da produção dos sons sibilantes ou quando uma criança, por exemplo, não consegue produzir o som lateral “L” por não fazer corretamente o movimento de elevação da língua.

Dentro das Perturbações dos Sons da Fala que surgem por questões fonológicas, podemos ter situações em que as crianças substituem sons (ex. gato – dato) de forma inconsistente e que muitas vezes apresentam, simultaneamente, um conjunto de processos fonológicos que tornam o discurso ininteligível.

Graus Académicos:

h-03
h-17

Experiência Profissional:

Informações Complementares:

h 07

Estratégias